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O Instituto Politécnico de Betano (IPB) é um novo instituto público de ensino superior técnico sediado em Betano, no município de Manufahi, em Timor-Leste, criado por via do Decreto-Lei Nº45/2016, de 9 de novembro. 

A construção física das infraestruturas do IPB teve início em 2013, durante o mandato do V Governo Constitucional, por iniciativa da Universidade Nacional Timor Lorosa’e (UNTL)

. O projeto foi lançado por Sua Excelência Kay Rala Xanana Gusmão, à data Primeiro-Ministro da RDTL. Já em 2016, o Ministério da Educação (ME) acordou com a UNTL a união de esforços para acelerar o processo de instalação de um instituto politécnico autónomo, em Betano, e viabilizar o início das atividades letivas a curto prazo. Nesse sentido, foi criada uma 

Comissão Instaladora (IPB), integrando membros do ME, da UNTL e do município de Manufahi, com a missão de coordenar os preparativos para a criação do IPB e garantir a existência de condições para que o IPB dê início às respetivas atividades letivas

Estando presentemente reunidas as condições adequadas no que respeita a infraestruturas físicas, disponibilização de equipamentos, definição de plano curricular e sílabos, e recrutamento de recursos humanos para a docência e as funções administrativas, o Ministério da Educação, em coordenação com Sua Excelência o Sr. Primeiro-Ministro da RDTL, definiu a data de 23 de Fevereiro de 2017 para formalizar a abertura oficial do IPB. Importa ainda informar que, entre setembro e dezembro de 2016, decorreu o processo de candidatura ao ensino superior público tendo sido disponibilizadas 4.800 vagas para acesso à UNTL e 270 vagas para acesso ao IPB. O registo do primeiro grupo de estudantes admitidos no IPB decorreu em Díli, nas instalações do Ministério da Educação, entre os dias 23 de Janeiro e 3 de Fevereiro de 2017. 

O IPB é o primeiro instituto de ensino superior nacional que, desde a sua criação, aposta na disponibilização de ensino superior técnico como forma de capacitar os jovens timorenses para o desempenho de atividades profissionais que requerem habilidades práticas e destreza no uso e manutenção de ferramentas e equipamentos tecnológicos. A oferta formativa do IPB incidirá sobre o sector primário – agricultura e pecuária – e as engenharias, englobando duas escolas superiores: a Escola Superior de Agronomia e Zootécnia e a Escola Superior de Ciências da Engenharia.

De forma a garantir que os estudantes ficam preparados para um ensino superior exigente e rigoroso, decidiu-se que, numa primeira fase, os alunos do IPB terá um ano propedêutico para reforço de matérias gerais. A curto prazo serão disponibilizados os cursos de Diploma II em Produção Animal e em Construção Civil, tendo também sido identificados outros potenciais cursos a disponibilizar no futuro: Cursos de Diplomas I e II em Engenharia Mecânica, Engenharia Eletrotécnica, Cultivo de Produtos Alimentares, Saúde Animal, Processamento de Produtos Agrícolas e Produção Florestal.

Assim, a criação do IPB corresponde à concretização de uma das grandes aspirações decorrentes do Plano Estratégico Nacional da Educação 2011-2030, que define como um dos objetivos para o ensino superior ‘o estabelecimento de institutos superiores politécnicos que assegurem os recursos humanos qualificados necessários ao desenvolvimento de Timor-Leste’ com foco nas áreas estratégicas do ponto de vista socioeconómico. Concretiza-se também um dos objetivos estabelecidos no Programa do VI Governo Constitucional:

 ‘O Governo irá promover um sector politécnico e universitário eficaz para dar, aos filhos do nosso povo, a oportunidade de receber um ensino de qualidade e de participar na construção do nosso país.’

A política de criação de instituições públicas de ensino superior técnico é herdada dos Programas do IV e V Governos Constitucionais. A concretização desta política tem sido morosa, pois a criação de institutos politécnicos exige avultado investimento público e tem um elevado grau de complexidade técnica, requerendo equipamentos e recursos humanos altamente especializados.  

Tendo em consideração que, no ano 2000, a UNTL foi criada como resultado dos esforços de um grupo de ex-alunos e ex-professores da UNTIM, pode ainda dizer-se que o IPB constitui a primeira instituição de ensino superior criada de forma direta pelo Governo de Timor-Leste. 

A criação do IPB corresponde, também, aos esforços de descentralização de serviços empreendidos pelo VI Governo Constitucional: através do IPB, os residentes na costa sul de Timor-Leste terão maior facilidade em aceder ao ensino superior e receber formação técnica para carreiras profissionais em sectores que revelam grande potencial económico a nível regional e nacional. Desta forma, o IPB é um contributo para a diminuição do êxodo rural e para um desenvolvimento que mais transversal a todo o território nacional.